O primeiro trimestre de 2025 encerrou com saldo positivo em relação aos postos de trabalho em Videira. Com saldos positivos de 483 em janeiro, 335 em fevereiro e 247 em março, o município registra um saldo acumulado de 1.065 novos postos de trabalho formais. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CEGED), o número total de empregos com carteira assinada subiu de 23.529 em janeiro para 24.102 em março, o que representa um crescimento de 2,43% no trimestre
Ainda de acordo com o CAGED, o setor industrial lidera o mercado de trabalho local, acumulando mais de 9.500 empregos, seguido pelos serviços, que já se aproximam dos 8.000 trabalhadores formais. A construção civil, após apresentar retração em fevereiro (-5), apresentou em março saldo de 53 admissões, chegando a mais de mil empregos no município. A agropecuária, que manteve estabilidade, possui mais de 1.500 vagas. Comércio também segue como importante fonte de emprego, com pouco mais de 4.000 postos de trabalho em Videira.
De acordo com o cientista político, Caleb Bentes Dias o resultado da geração de postos de trabalho em Videira no primeiro trimestre indica um ambiente econômico previsível, estável e em expansão. “Esse desempenho evidencia a solidez da base produtiva de Videira, que combina agropecuária robusta com forte presença industrial, especialmente na agroindústria. A dinâmica de crescimento observada exige ação estratégica, tanto da administração pública quanto da iniciativa privada”, cita.
Postos de trabalho em Videira: como o Poder Público deve atuar
Ele acrescenta que o poder público deve garantir papel ativo na indução do desenvolvimento local, fomentando políticas industriais, programas de qualificação profissional, incentivos à inovação e parcerias público-privadas. “Investimentos em infraestrutura logística, tecnologia e educação técnica são o caminho mais assertivo para a sofisticação da base produtiva e aumentar a capacidade econômica do município diante de choques externos. No campo geopolítico, a conjuntura internacional revela riscos crescentes. O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e sua postura protecionista ameaçam o ambiente de previsibilidade do comércio global, com tarifas sobre produtos brasileiros e de tantos outros países”, alerta.
Caleb diz ainda que esse cenário fragmenta as relações comerciais, compromete a fluidez das cadeias globais de valor e força países a buscarem novas alianças e mercados. “A instabilidade nas relações entre EUA, União Europeia e outros polos de poder como China, Rússia e Índia reposiciona o Brasil, e por consequência Videira, em uma dinâmica internacional de incertezas, mas também de oportunidades. Cabe às empresas locais e a administração pública identificar e acessar novos mercados, fortalecer a competitividade internacional da produção videirense e garantir que o crescimento registrado neste trimestre seja sustentado nos próximos ciclos econômicos”, completa.